Voltámos de férias!!!
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Convidam-se todos os interessados a participar nas palestras e mostra fotográfica relacionada com as Festas do Espírito Santo, no Penedo (Colares), que contará com a presença do vereador da Cultura da Câmara Municipal de Ponta Delgada, José Andrade, e o membro da Comissão de Festas do Espírito Santo do Penedo, Filipe Costa, entre outras individualidades, que decorrerá na Casa dos Penedos, em Sintra, no sábado, dia 22 de Maio, das 10h às 18h.
As palestras, cujos oradores estão acima citados, decorrem às 16h e às 17h.
Este evento realiza-se na Casa dos Penedos, na Rua Marechal Saldanha n.º21 – Sintra, junto à Fonte da Sabuga, sem inscrição prévia.
(clicar no mapa para obter direcções)
Informação adicional: 939 231 837
Organização: Jornal de Sintra, Alagamares – Associação Cultural e SintraPenaferrim – Associação Cultural e Cívica
Este evento realiza-se na Casa dos Penedos, na Rua Marechal Saldanha n.º21 – Sintra, junto à Fonte da Sabuga, sem inscrição prévia.
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Organização: Jornal de Sintra, Alagamares – Associação Cultural e SintraPenaferrim – Associação Cultural e Cívica
O Jornal de Sintra tem agrupado artigos já publicados em dossiês temáticos. Já disponível em www.jornaldesintra.com o dossier sobre Agricultura Biológica.
Nota: Dia 20 de Fevereiro haverá uma recolha de sangue junto ao Palácio da Vila, das 15h às 19.30h, promovida pelo Instituto Português do Sangue.
Mais recolhas de sangue nos próximos dias
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EDIÇÃO n. 3820 DE 25/12/09
S. Pedro de Penaferrim/Sintra
Sociedade Filarmónica “Os Aliados”
festeja Natal com apresentação da escola de música
A Sociedade Filarmónica “Os Aliados”, de S. Pedro de Penaferrim (Sintra), realizou no passado sábado a sua Festa de Natal, consagrada sobretudo aos alunos da Escola de Música, que ali mostraram os seus conhecimentos musicais adquiridos ao longo do ano e interpretaram algumas canções de Natal, acompanhados pelos acordes do Grupo Musical da colectividade.
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Bolo de Natal de Mem Martins
uma tradição desaparecida
A blogosfera tem sido um espaço privilegiado pela facilidade com que dá voz à opinião civil também pela quantidade de utilizadores de internet que abrange. Apesar de ser uma ferramenta dos tempos modernos, não é a primeira vez que faz emergir questões de relevo que são aproveitadas pelos meios de comunicação e que chegam também, assim, àqueles que não têm acesso à informação divulgada através da internet. O blogue intitulado “Algueirão – Mem Martins”* tem vindo a destacar-se ao denunciar, criticar e evidenciar vários aspectos da Vila que lhe dá nome, pela mão do seu autor, Hugo Nicolau. Foi nas “páginas” desse blogue que o JS encontrou um apontamento sobre uma tradição que, ao que tudo indica, se perdeu ao longo do tempo: o Bolo de Natal de Mem Martins. Extraída do livro Retratos, uma compilação de artigos publicados no próprio JS há mais de 25 anos por “Zé de Fanares” (pseudónimo de Luís Pedroso Miguel), a receita desse bolo parte de uma carta datada de 2 de Novembro de 1939, enviada pelo prof. Joaquim Fontes à Secção Etnográfica da Exposição do Mundo Português:
«Bolo de Natal: tem a forma de um pão saloio mas muito mais pequeno e faz-se, como o seu nome indica, pelo Natal. É produto de indústria caseira, não havendo, propriamente, um fabricante. »
Os ingredientes são simples: uma massa de farinha de trigo, açúcar, limão, canela, leite, envolvida em gema de ovo e manteiga para pincelar, ao sair do forno. Conta “Zé de Fanares” que os habitantes de Mem Martins comemoravam o Natal “muito à sua moda”. O prato principal era a galinha, cozida com enchidos e acompanhada de arroz e a sobremesa seria o bolo, que era “a sobremesa tradicional da quadra” quer nas mesas dos ricos, quer nas dos pobres. As mulheres atarefavam-se a confeccioná-lo havendo, inclusive, uma competição, cujo resultado era devidamente avaliado pelos seus homens.
Esse bolo, que hoje ficou na sombra do tão famoso e comercializado bolo-rei, era “muito apaladado” e tinha a virtude de durar até depois dos Reis: “diziam os entendidos que, quando bem fabricado, quanto mais duro mais saboroso”. O gosto provavelmente poucos o conhecem, já que, ao que parece, esse bolo de Natal de Mem Martins é uma tradição em extinção.
*que pode ser encontrado em algueirao-memmartins.blogspot.com
Vanessa Sena Sousa
uma tradição desaparecida
A blogosfera tem sido um espaço privilegiado pela facilidade com que dá voz à opinião civil também pela quantidade de utilizadores de internet que abrange. Apesar de ser uma ferramenta dos tempos modernos, não é a primeira vez que faz emergir questões de relevo que são aproveitadas pelos meios de comunicação e que chegam também, assim, àqueles que não têm acesso à informação divulgada através da internet. O blogue intitulado “Algueirão – Mem Martins”* tem vindo a destacar-se ao denunciar, criticar e evidenciar vários aspectos da Vila que lhe dá nome, pela mão do seu autor, Hugo Nicolau. Foi nas “páginas” desse blogue que o JS encontrou um apontamento sobre uma tradição que, ao que tudo indica, se perdeu ao longo do tempo: o Bolo de Natal de Mem Martins. Extraída do livro Retratos, uma compilação de artigos publicados no próprio JS há mais de 25 anos por “Zé de Fanares” (pseudónimo de Luís Pedroso Miguel), a receita desse bolo parte de uma carta datada de 2 de Novembro de 1939, enviada pelo prof. Joaquim Fontes à Secção Etnográfica da Exposição do Mundo Português:
«Bolo de Natal: tem a forma de um pão saloio mas muito mais pequeno e faz-se, como o seu nome indica, pelo Natal. É produto de indústria caseira, não havendo, propriamente, um fabricante. »
Os ingredientes são simples: uma massa de farinha de trigo, açúcar, limão, canela, leite, envolvida em gema de ovo e manteiga para pincelar, ao sair do forno. Conta “Zé de Fanares” que os habitantes de Mem Martins comemoravam o Natal “muito à sua moda”. O prato principal era a galinha, cozida com enchidos e acompanhada de arroz e a sobremesa seria o bolo, que era “a sobremesa tradicional da quadra” quer nas mesas dos ricos, quer nas dos pobres. As mulheres atarefavam-se a confeccioná-lo havendo, inclusive, uma competição, cujo resultado era devidamente avaliado pelos seus homens.
Esse bolo, que hoje ficou na sombra do tão famoso e comercializado bolo-rei, era “muito apaladado” e tinha a virtude de durar até depois dos Reis: “diziam os entendidos que, quando bem fabricado, quanto mais duro mais saboroso”. O gosto provavelmente poucos o conhecem, já que, ao que parece, esse bolo de Natal de Mem Martins é uma tradição em extinção.
*que pode ser encontrado em algueirao-memmartins.blogspot.com
Vanessa Sena Sousa
Sintra
Homenagem a Maria Gabriela Llansol
A escritora sintrense Maria Gabriela Llansol tem o seu nome perpetuado na Volta do Duche, na Vila de Sintra, numa cerimónia a título póstumo realizada no dia 21 de Dezembro, numa iniciativa entre a Câmara Municipal de Sintra, o Espaço Llansol e a Associação de Defesa do Património de Sintra. A placa evocativa foi descerrada junto à árvore denominada de “Grande Maior” no seu livro Parasceve, a qual se situa a meio da Volta do Duche, em frente à Fonte Mourisca. Durante a cerimónia foi evocada a vida e obra da escritora, com leitura de alguns textos inéditos, extraídos dos seus Cadernos.
Maria Gabriela Llansol (1931-2008) nasceu em Lisboa, licenciou- se em Direito, mas nunca exerceu. Começa a publicar em 1962, com o livro de contos “Os Pregos na Erva”, e é autora de 26 livros de género inclassificável, uma obra que se continua com duas trilogias («Geografia de Rebeldes» e «O Litoral do Mundo») e que inclui ainda três Diários.
A escritora sintrense Maria Gabriela Llansol tem o seu nome perpetuado na Volta do Duche, na Vila de Sintra, numa cerimónia a título póstumo realizada no dia 21 de Dezembro, numa iniciativa entre a Câmara Municipal de Sintra, o Espaço Llansol e a Associação de Defesa do Património de Sintra. A placa evocativa foi descerrada junto à árvore denominada de “Grande Maior” no seu livro Parasceve, a qual se situa a meio da Volta do Duche, em frente à Fonte Mourisca. Durante a cerimónia foi evocada a vida e obra da escritora, com leitura de alguns textos inéditos, extraídos dos seus Cadernos.
Maria Gabriela Llansol (1931-2008) nasceu em Lisboa, licenciou- se em Direito, mas nunca exerceu. Começa a publicar em 1962, com o livro de contos “Os Pregos na Erva”, e é autora de 26 livros de género inclassificável, uma obra que se continua com duas trilogias («Geografia de Rebeldes» e «O Litoral do Mundo») e que inclui ainda três Diários.
Queluz
Concurso de Presépios e festa de Natal
Foi mais uma vez organizado o Concurso de Presépios junto das escolas básicas e jardins-de-infância de Queluz, promovido pela Junta de Freguesia. Na sequência do concurso, realizou-se também uma festa de Natal no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Queluz, no dia 13 de Dezembro, com apresentação de vários números musicais e dramatizações por crianças da freguesia. Nessa tarde de convívio foram também dadas a conhecer as classificações dos concursos de presépios e entregues os diplomas e os prémios às várias escolas participantes. Classificações: 1.º Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola E.B.1 n.º 2 de Queluz; 2.º Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola E.B.1 n.º 3 de Queluz (Pendão); 3.º Escola E.B.1 n.º 3 de Queluz (Pendão); menção honrosa: Jardim de Infância de Queluz.
Foi mais uma vez organizado o Concurso de Presépios junto das escolas básicas e jardins-de-infância de Queluz, promovido pela Junta de Freguesia. Na sequência do concurso, realizou-se também uma festa de Natal no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Queluz, no dia 13 de Dezembro, com apresentação de vários números musicais e dramatizações por crianças da freguesia. Nessa tarde de convívio foram também dadas a conhecer as classificações dos concursos de presépios e entregues os diplomas e os prémios às várias escolas participantes. Classificações: 1.º Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola E.B.1 n.º 2 de Queluz; 2.º Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola E.B.1 n.º 3 de Queluz (Pendão); 3.º Escola E.B.1 n.º 3 de Queluz (Pendão); menção honrosa: Jardim de Infância de Queluz.
Artigo de Opinião
As origens da introdução da Árvore de Natal em Portugal
A tradição da Árvore de Natal foi introduzida em Portugal por D. Fernando II, casado com a rainha D. Maria II.
Em Portugal, até meados do século XIX, a tradição do Natal tinha como centro a figura do Presépio. No entanto, finda a Guerra Civil de 1832-34, que opôs os Liberais aos Miguelistas, da Corte, a tradição da Árvore de Natal foi passando das elites para uma parte da população. Mas a grande difusão da Árvore de Natal foi no século XX, na década de 60, graças à revolução nos meios de informação e comunicação, como a televisão. Altura em que também a figura do “Pai Natal” símbolo, claramente economicista e materialista, começou a “ganhar terreno” ao Menino Jesus – única verdadeira razão pela qual se celebra o Natal, pois Natal significa nascimento; neste caso, é a celebração do nascimento de Jesus Cristo. e com a ascensão ao Trono de Portugal da Rainha Dona Maria II, os hábitos da Corte Portuguesa, por altura do Natal mudaram. Assim, em 1836, a Rainha casou com o Príncipe Ferdinand von August Franz Anton von Sachsen- Coburg-Gotha-Koháry, mais tarde, D. Fernando II, o Rei-Artista. Deste casamento nasceram muitos filhos, dois dos quais foram mais tarde os reis Dom Pedro V e Dom Luís I. Com a vinda para Portugal de Dom Fernando II foi introduzida na Corte Portuguesa, a tradição da Árvore de Natal. Dona Maria II ficou conhecida na História com o cognome de “A Educadora”, tal era a sua preocupação com a educação dos seus filhos. O ambiente familiar assemelhava- se bastante a uma família burguesa no período do auge do Romantismo. Consta, segundo registos, que Dom Fernando II, na Noite de Natal, vestia-se de S. Nicolau e distribuía presentes aos seus filhos numa festa genuinamente familiar.
A pouco e pouco, graças à influência da Corte, a tradição da Árvore de Natal foi passando das elites para uma parte da população. Mas a grande difusão da Árvore de Natal foi no século XX, na década de 60, graças à revolução nos meios de informação e comunicação, como a televisão. Altura em que também a figura do “Pai Natal” símbolo, claramente economicista e materialista, começou a “ganhar terreno” ao Menino Jesus – única verdadeira razão pela qual se celebra o Natal, pois Natal significa nascimento; neste caso, é a celebração do nascimento de Jesus Cristo.
Texto: David Garcia
Fotos: Idalina Grácio
A tradição da Árvore de Natal foi introduzida em Portugal por D. Fernando II, casado com a rainha D. Maria II.
Em Portugal, até meados do século XIX, a tradição do Natal tinha como centro a figura do Presépio. No entanto, finda a Guerra Civil de 1832-34, que opôs os Liberais aos Miguelistas, da Corte, a tradição da Árvore de Natal foi passando das elites para uma parte da população. Mas a grande difusão da Árvore de Natal foi no século XX, na década de 60, graças à revolução nos meios de informação e comunicação, como a televisão. Altura em que também a figura do “Pai Natal” símbolo, claramente economicista e materialista, começou a “ganhar terreno” ao Menino Jesus – única verdadeira razão pela qual se celebra o Natal, pois Natal significa nascimento; neste caso, é a celebração do nascimento de Jesus Cristo. e com a ascensão ao Trono de Portugal da Rainha Dona Maria II, os hábitos da Corte Portuguesa, por altura do Natal mudaram. Assim, em 1836, a Rainha casou com o Príncipe Ferdinand von August Franz Anton von Sachsen- Coburg-Gotha-Koháry, mais tarde, D. Fernando II, o Rei-Artista. Deste casamento nasceram muitos filhos, dois dos quais foram mais tarde os reis Dom Pedro V e Dom Luís I. Com a vinda para Portugal de Dom Fernando II foi introduzida na Corte Portuguesa, a tradição da Árvore de Natal. Dona Maria II ficou conhecida na História com o cognome de “A Educadora”, tal era a sua preocupação com a educação dos seus filhos. O ambiente familiar assemelhava- se bastante a uma família burguesa no período do auge do Romantismo. Consta, segundo registos, que Dom Fernando II, na Noite de Natal, vestia-se de S. Nicolau e distribuía presentes aos seus filhos numa festa genuinamente familiar.
A pouco e pouco, graças à influência da Corte, a tradição da Árvore de Natal foi passando das elites para uma parte da população. Mas a grande difusão da Árvore de Natal foi no século XX, na década de 60, graças à revolução nos meios de informação e comunicação, como a televisão. Altura em que também a figura do “Pai Natal” símbolo, claramente economicista e materialista, começou a “ganhar terreno” ao Menino Jesus – única verdadeira razão pela qual se celebra o Natal, pois Natal significa nascimento; neste caso, é a celebração do nascimento de Jesus Cristo.
Texto: David Garcia
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