A Rotunda do Lumarinho – Montelavar – Pêro Pinheiro
Edificada na estrada N9, ou seja nas entradas a norte das vilas de Pêro Pinheiro e Montelavar, localiza-se a rotunda indicada em título.
Como todas as outras, tem por missão facilitar o trânsito e, como em muitas, utilizou-se o espaço para, de certa forma, tentar embelezar a área, recorrendo o seu projectista, como inúmeras vezes se vê, a temas que são representativos das zonas onde as rotundas se inserem.
Porém, na rotunda do Lumarinho, não houve, julgamos, o cuidado suficiente para, com toda a justiça, aproveitar o espaço a fim de no mesmo se implantar algo que dignificasse e prestasse homenagem a toda uma gente que tem tido, há muitas décadas, um alto contributo na que é ainda a maior e mais conhecida indústria do concelho, a das ROCHAS ORNAMENTAIS, sendo também esta a localidade onde há maior concentração de indústrias do ramo no nosso país.
Efectivamente, os três minúsculos blocos que “ornamentam” a rotunda em questão, não são em nada representativos de uma actividade que, além do factor exportação, ocupa cerca de 3000 pessoas no concelho de Sintra, onde se transformam todo o tipo de rochas de todo e para todo o mundo.
Cremos não ser difícil corrigir esta situação desprestigiante para a comunidade local, desde que se consiga uma colaboração entre as Juntas de Freguesia de Montelavar e Pêro Pinheiro com a Câmara Municipal de Sintra bem como com outros parceiros, para implantar no local algo que simbolize toda uma cultura da pedra tão enraizada localmente e tão bem representada em magníficas obras erigidas por todo o mundo e muito particularmente na cidade de Lisboa.
Estamos certos de que os industriais do ramo, após o que julgamos seja aconselhável – O LANÇAMENTO DE UM CONCURSO DE IDEIAS – para o efeito, estão disponíveis a colaborar numa obra que dignifique a actividade em que, em muitos casos, já os seus antepassados trabalharam.
Não têm estas palavras a intenção de fazer uma crítica ao autor do projecto pela falta de criatividade mas alertar, isso sim, para o que não deixa de ser hábito na nossa democracia, ou seja, a constante falta de comunicação entre autarquias e cidadãos pois, não temos dúvidas de que, se pelo menos a parte decorativa fosse objecto de uma consulta prévia aos fregueses não estaríamos hoje na presença daquele inestético monte de pedras.
Idêntica receita se podia usar para dar igual aproveitamento na rotunda da Fervença – Terrugem pois, tratando-se de uma via com muito movimento – IC30 – era justo identificar o local como uma das entradas da já referida importante zona industrial.
Eduardo M. Galrão – Maceira
1 comentário:
Bem haja, concordo com a necessidade de identificação em relação aos mármores, já a construção dessa rotunda é lamentável em termos de segurança, pois inclinada, sem visibilidade nem segurança passiva, provocadora de acidentes visíveis pelos impactos na própria rotunda como nos rails de protecção envolventes, já para não falar nos custos de manutenção...
Cumprimentos . Júlio Pardal
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