A freguesia faz parte da cidade de Queluz e ocupa uma área de 272 hectares. Tem duas zonas distintas, uma urbana e outra industrial. É a freguesia com maior densidade populacional, 12868 por km2, e um número aproximado de 30 mil habitantes.
Conceito de cidade de Queluz divide candidatos
O debate sobre os problemas de Massamá encontra pontos comuns nas várias candidaturas, mas revela discórdia no que toca à defesa de uma cidade de Queluz composta por três freguesias.
Os quatro candidatos à freguesia de Massamá concordam que ainda há carências por ultrapassar, sobretudo a nível da segurança e dos equipamentos sociais. PS e CDU apontam a infância e a terceira idade como as áreas mais frágeis, enquanto a Coligação Mais Sintra, no poder, identifica o apoio às famílias carenciadas como prioridade. Já o Bloco de Esquerda entende que é necessária uma nova estratégia de cidade.
Para Luís Coelho, da CDU, a freguesia precisa de criar um centro de dia e mais um jardim-de-infância público. “São duas das nossas bandeiras, mas também é preciso coordenar políticas culturais, de integração, segurança e de mobilidade”, refere. Ramiro Ramos, do PS, concorda e acrescenta a juventude. “É uma das freguesias mais jovens e não tem havido a devida preocupação”, alerta o candidato que defende “uma viragem”.
Já João Silva, do BE, critica “o marasmo” dos últimos anos. “A Junta tem pouco poder e a Câmara não liga muito às freguesias, mas é preciso estratégias novas. O BE defende um conceito de cidade que junte Massamá, Monte Abraão e Queluz, “uma cidade viva que crie dinâmicas entre as três freguesias que permitam responder aos vários problemas comuns e dar mais força reivindicativa”. “Temos de deixar de estar de costas viradas”, apela.
O candidato da Coligação Mais Sintra e actual presidente da Junta não esconde a sua oposição a esta ideia. “É público que não concordo com esta figura da cidade. Recordo que a antiga freguesia de Queluz foi dividida a 12 de Julho de 1997, a data da fundação das freguesias de Massamá e Monte Abraão. Dias depois, a 25 de Julho, Queluz foi elevada a cidade, ou seja, são dois momentos distintos”, defende José Pedro Matias. O autarca admite no entanto, “integrar uma cidade se a integração for total”.
“Com a divisão foram também divididos os equipamentos, como o cemitério e a freguesia de Queluz ficou com a gestão e com os benefícios. Não estou a pedir nada, mas acredito no seu a seu dono, porque Massamá não tem a mínima hipótese de angariar receitas próprias, a não ser dos atestados e das taxas, valor que não ultrapassa os 100 mil euros anuais. Pergunto qual é a receita do cemitério?”, questiona.
Outro tema polémico é a acusação lançada pelo PS sobre as contas da autarquia. “Temos uma Junta falida, o que é de uma gravidade extrema, porque devemos 300 mil euros à Teleflora e não sabemos qual é o planeamento para superar a situação”, avança Ramiro Ramos. O presidente responde e garante que “a dívida à empresa de manutenção de espaços verdes decorre de investimento, sobretudo nos primeiros quatro anos (2001/ 2005), feitos nos espaços verdes e nas calçadas e o pagamento está devidamente calculado e planeado”.
José Pedro Matias justifica também a dívida com os problemas sociais. “Foi necessário da resposta às necessidades e investir na área social, porque há enormes carências por parte das famílias mais carenciadas”, diz. Como exemplo, aponta o projecto Casa Animada, instalado na Quinta das Flores, embora admita que está a funcionar sem licença. “Não está licenciado por inércia do Instituto de Segurança Social, porque desde 2006 que está pedida a inscrição como IPSS e não há essa resposta”, refere.
O PS volta a considerar a situação “preocupante” e aproveita para lamentar o estado do Centro Lúdico, “uma obra onde se gastou uma pipa de massa e que está abandonada”. O presidente admite que “a obra correu mal”, mas explica que “quem está informado sabe que a empresa faliu e entrou num processo de insolvência que decorreu entre 2006 e finais de 2008, período em que o assunto dependeu do Tribunal e o equipamento entrou em degradação”. Entretanto, diz, “a Câmara já aprovou as obras de conclusão”.
Já a CDU considera que “as necessidades sociais resultaram do crescimento desordenado e não planeado”. Por isso, defende Luís Coelho, “é preciso requalificar as zonas degradadas, enquadrá-las por exemplo através da criação de um corredor verde ou da concretização do Parque de Colaride”. Apesar de já não se situar na freguesia, o BE também considera que este espaço iria beneficiar a cidade. “O Parque Natural e Cultural de Colaride hoje não é mais que um monte de lixo onde os Pimentas e Rendeiros deste concelho fazem de vazadouro de entulho. É preciso que o projecto veja a luz do dia”, defende João Silva.
Os candidatos abordaram ainda temas como a saúde e a segurança, áreas em que defendem maior aposta. A CDU lembra ainda que é necessário um gimnodesportivo e a requalificação do mercado, que todos concordam ainda não ter condições. “É precisa uma recuperação completa e que seja aberto à realização de outros eventos”, propõe a CDU.
O BE, por seu lado, pede “uma rede de transportes públicos e parques gratuitos junto à linha de Sintra” e assegura que “nunca irá participar com a Coligação Mais Sintra em qualquer gestão”, ao contrário da CDU, que esteve nos dois últimos executivos. “Ao estar no Governo, a CDU é de certa forma responsável. Aliás, em Sintra a única força real de oposição tem sido o BE, porque o concelho foi governado por uma coligação vasta PSD/CDS/CDU e PS”, critica João Silva.
Já o candidato da Coligação Mais Sintra diz estar optimista. “Estou dinâmico para a resolução dos problemas. No caso do Centro Comunitário, por exemplo, conseguimos que a Câmara cedesse um terreno, já existe um projecto e só falta o licenciamento e o apoio da segurança Social”, avança José Pedro Matias.
texto e fotos: Luís Galrão
Os quatro candidatos à freguesia de Massamá concordam que ainda há carências por ultrapassar, sobretudo a nível da segurança e dos equipamentos sociais. PS e CDU apontam a infância e a terceira idade como as áreas mais frágeis, enquanto a Coligação Mais Sintra, no poder, identifica o apoio às famílias carenciadas como prioridade. Já o Bloco de Esquerda entende que é necessária uma nova estratégia de cidade.
Para Luís Coelho, da CDU, a freguesia precisa de criar um centro de dia e mais um jardim-de-infância público. “São duas das nossas bandeiras, mas também é preciso coordenar políticas culturais, de integração, segurança e de mobilidade”, refere. Ramiro Ramos, do PS, concorda e acrescenta a juventude. “É uma das freguesias mais jovens e não tem havido a devida preocupação”, alerta o candidato que defende “uma viragem”.
Já João Silva, do BE, critica “o marasmo” dos últimos anos. “A Junta tem pouco poder e a Câmara não liga muito às freguesias, mas é preciso estratégias novas. O BE defende um conceito de cidade que junte Massamá, Monte Abraão e Queluz, “uma cidade viva que crie dinâmicas entre as três freguesias que permitam responder aos vários problemas comuns e dar mais força reivindicativa”. “Temos de deixar de estar de costas viradas”, apela.
O candidato da Coligação Mais Sintra e actual presidente da Junta não esconde a sua oposição a esta ideia. “É público que não concordo com esta figura da cidade. Recordo que a antiga freguesia de Queluz foi dividida a 12 de Julho de 1997, a data da fundação das freguesias de Massamá e Monte Abraão. Dias depois, a 25 de Julho, Queluz foi elevada a cidade, ou seja, são dois momentos distintos”, defende José Pedro Matias. O autarca admite no entanto, “integrar uma cidade se a integração for total”.
“Com a divisão foram também divididos os equipamentos, como o cemitério e a freguesia de Queluz ficou com a gestão e com os benefícios. Não estou a pedir nada, mas acredito no seu a seu dono, porque Massamá não tem a mínima hipótese de angariar receitas próprias, a não ser dos atestados e das taxas, valor que não ultrapassa os 100 mil euros anuais. Pergunto qual é a receita do cemitério?”, questiona.
Outro tema polémico é a acusação lançada pelo PS sobre as contas da autarquia. “Temos uma Junta falida, o que é de uma gravidade extrema, porque devemos 300 mil euros à Teleflora e não sabemos qual é o planeamento para superar a situação”, avança Ramiro Ramos. O presidente responde e garante que “a dívida à empresa de manutenção de espaços verdes decorre de investimento, sobretudo nos primeiros quatro anos (2001/ 2005), feitos nos espaços verdes e nas calçadas e o pagamento está devidamente calculado e planeado”.
José Pedro Matias justifica também a dívida com os problemas sociais. “Foi necessário da resposta às necessidades e investir na área social, porque há enormes carências por parte das famílias mais carenciadas”, diz. Como exemplo, aponta o projecto Casa Animada, instalado na Quinta das Flores, embora admita que está a funcionar sem licença. “Não está licenciado por inércia do Instituto de Segurança Social, porque desde 2006 que está pedida a inscrição como IPSS e não há essa resposta”, refere.
O PS volta a considerar a situação “preocupante” e aproveita para lamentar o estado do Centro Lúdico, “uma obra onde se gastou uma pipa de massa e que está abandonada”. O presidente admite que “a obra correu mal”, mas explica que “quem está informado sabe que a empresa faliu e entrou num processo de insolvência que decorreu entre 2006 e finais de 2008, período em que o assunto dependeu do Tribunal e o equipamento entrou em degradação”. Entretanto, diz, “a Câmara já aprovou as obras de conclusão”.
Já a CDU considera que “as necessidades sociais resultaram do crescimento desordenado e não planeado”. Por isso, defende Luís Coelho, “é preciso requalificar as zonas degradadas, enquadrá-las por exemplo através da criação de um corredor verde ou da concretização do Parque de Colaride”. Apesar de já não se situar na freguesia, o BE também considera que este espaço iria beneficiar a cidade. “O Parque Natural e Cultural de Colaride hoje não é mais que um monte de lixo onde os Pimentas e Rendeiros deste concelho fazem de vazadouro de entulho. É preciso que o projecto veja a luz do dia”, defende João Silva.
Os candidatos abordaram ainda temas como a saúde e a segurança, áreas em que defendem maior aposta. A CDU lembra ainda que é necessário um gimnodesportivo e a requalificação do mercado, que todos concordam ainda não ter condições. “É precisa uma recuperação completa e que seja aberto à realização de outros eventos”, propõe a CDU.
O BE, por seu lado, pede “uma rede de transportes públicos e parques gratuitos junto à linha de Sintra” e assegura que “nunca irá participar com a Coligação Mais Sintra em qualquer gestão”, ao contrário da CDU, que esteve nos dois últimos executivos. “Ao estar no Governo, a CDU é de certa forma responsável. Aliás, em Sintra a única força real de oposição tem sido o BE, porque o concelho foi governado por uma coligação vasta PSD/CDS/CDU e PS”, critica João Silva.
Já o candidato da Coligação Mais Sintra diz estar optimista. “Estou dinâmico para a resolução dos problemas. No caso do Centro Comunitário, por exemplo, conseguimos que a Câmara cedesse um terreno, já existe um projecto e só falta o licenciamento e o apoio da segurança Social”, avança José Pedro Matias.
«Conheço bem os problemas e tenho projectos. Quero equipar e humanizar a freguesia e vou exigir uma maior qualidade de vida» José Pedro Matias, Coligação Mais Sintra
«Posso concretizar uma viragem na freguesia porque há muitas carências por resolver. Quero melhorar a qualidade de vida em Massamá» Ramiro Ramos, PS
«Podem contar com a CDU para ter uma voz interventiva e crítica na freguesia e para construir a melhor cidade possível» Luís Coelho, CDU
«O BE é a força da mudança. Queremos ouvir as pessoas e apoiar todas as propostas que forem positivas para a freguesia» João Silva, BE
texto e fotos: Luís Galrão
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