Elevada a vila em 1993, atinge actualmente 34 mil eleitores e quase 60 mil habitantes. Está dividida em dois núcleos, um a sul do IC19, rural e outro a norte, com o aglomerado urbano mais recente e maior densidade populacional.
Faltam equipamentos e espaços verdes
O balanço sobre Rio de Mouro é comum aos quatro candidatos à Assembleia de Freguesia, que admitem que ainda há muito por fazer.
O candidato pela Coligação Mais Sintra volta a ser Filipe Santos, o actual presidente da Junta. Apesar de estar de consciência tranquila com o trabalho dos últimos dois anos de mandato, o autarca admite que ainda há carências. “Somos uma freguesia com 60 mil habitantes, com dimensão de concelho, e apesar de termos feito a diferença ainda há obras por fazer e eu sou o melhor candidato para as concretizar”, diz.
Do lado do PS, Júlio Cortez Fernandes reconhece a obra feita mas defende “mais e melhor”. Além das infra-estruturas, o candidato socialista quer melhorar a imagem da freguesia. “Criou-se uma imagem que não corresponde à realidade e que criou um estigma que é um factor de desvalorização do património. Temos de inverter a situação porque os nossos problemas são semelhantes aos de todas as áreas metropolitanas”, defende.
Já para a CDU, a freguesia tem carências em áreas como a acção social, “onde há problemas graves, incluindo fome”, a segurança, a saúde, a terceira idade e os jovens. O Bloco de Esquerda (BE), por seu lado, quer “o envolvimento da população na resolução dos problemas, que vão desde a saúde à segurança, mobilidade e estacionamento.” Outro problema consensual é a falta de qualidade do espaço público e a falta de espaços verdes.
O PS lembra que “Rio de Mouro é a única freguesia que faz fronteira com Oeiras e Cascais” e considera que há uma dimensão política nesta “singularidade”. “O comum das pessoas considera que aqueles dois concelhos estão melhor tratados do ponto de vista do espaço público e nós não podemos permitir que aqui não se faça o mesmo”, defende Cortez Fernandes. Já Filipe Santos contesta o conceito de ”terra de betão” e recorda que a grande construção “está concentrada em 20 por cento da freguesia”, que tem uma vasta área rural e verde.
Mas todos admitem que faltam espaços verdes estruturantes, como o parque urbano da Rinchoa. “O projecto está feito mas ainda não arrancou porque tem havido algumas dificuldades”, admite o autarca. O parque situa-se entre Rio de Mouro e a Tapadas das Mercês, já em Algueirão - Mem Martins e deverá integrar estruturas de desporto, cultura e lazer. “Já começaram as obras no parque desportivo das Mercês e espero que brevemente se iniciem na antiga Quinta da Tapada”, avança. A dificuldade, explica, “é o custo estimado de 15 milhões de euros”, demasiado pesado em tempo de crise.
O projecto é saudado pelo PS, que lembra que a freguesia “tem uma vista fabulosa para a Serra de Sintra” e sugere o aproveitamento “do monte da Parada e a ligação da reserva botânica junto à ribeira das Jardas ao Cacém Polis”. A CDU concorda e alerta que “o monte da Parada está a degradar-se e deve ser transformado num parque urbano.” No entanto, Jorge Matos considera que “a freguesia tem de lutar e defender até ao limite estas obras. E, se necessário, tem de haver um confronto com quem está no poder na Câmara”, defende o comunista.
Outro tema que preocupa os candidatos é a saúde, com a CDU a defender a construção de novo centro e Jorge Silva, do BE, a apelar à união dos vários partidos “para pressionar os poderes municipal e central para que se consigam essas conquistas”. Para o BE é também necessária a extensão da Rinchoa, “uma prioridade para a população sem médico de família.” O PS, por seu lado, recorda que a extensão chegou a estar prevista mas nunca avançou, enquanto Filipe Santos salienta que a freguesia tem dois centros a funcionar e que a construção de novas unidades depende do Governo. “Não vejo que nos próximos tempos surja um novo centro, mas estão a ser feitas obras no antigo para o adaptar a uma nova Unidade de Saúde Familiar”, revela.
PSP pede meios à freguesia
Os candidatos discutiram também os problemas de segurança, mas não conseguiram fazer um balanço da mudança da GNR para a PSP. “Ainda é cedo para fazer uma avaliação. Infelizmente a GNR despediu-se com um caso muito grave, o do assassinato de dois jovens junto à estação, uma despedida que não merecia porque fez um trabalho digno. E a PSP iniciou com esse estigma e com um grande aparato de que ia ter mais meios, o que ainda não se concretizou”, considera Filipe Santos.
Nesta matéria o autarca revela que “devido à falta de meios, a PSP solicitou há pouco tempo um carro à Junta de Freguesia porque não tem capacidade de resposta para a zona rural, porque só tem um carro-patrulha, o que é manifestamente insuficiente.” No entanto, o autarca garante que não houve um aumento de criminalidade. “Antes pelo contrário, parece que tem vindo a diminuir”, diz. O BE concorda e diz que “Rio de Mouro é tão inseguro como são as outras regiões do país, mas a questão é mais vasta e também tem a ver com a vida que se dá à vila”.
Já a CDU lamenta a falta de condições da PSP. “Quando ouço que a polícia está a pedir uma viatura à Junta, só pergunto onde está o Governo?”. O PS admite que a segurança “é um problema central da freguesia, mas já teve outra acuidade”. Cortez Fernandes atribui também responsabilidades aos media, que acusa de fazer “uma campanha para denegrir a imagem do concelho de Sintra e de Rio de Mouro, tentando passar a ideia de que é o território menos seguro do país, o que não é verdade”.
Outras prioridades passam pela remodelação do parque escolar, a melhoria das acessibilidades e dos espaços verdes (Coligação Mais Sintra); pela melhoria da iluminação pública, a promoção de um orçamento participativo e a criação de uma casa dos vizinhos (PS); pela exigência da abertura dos parques da Refer e do prolongamento do passe social até Meleças (BE e CDU); e pela criação de um sistema de miniautocarros que circulem entre os vários bairros (BE).
Do lado do PS, Júlio Cortez Fernandes reconhece a obra feita mas defende “mais e melhor”. Além das infra-estruturas, o candidato socialista quer melhorar a imagem da freguesia. “Criou-se uma imagem que não corresponde à realidade e que criou um estigma que é um factor de desvalorização do património. Temos de inverter a situação porque os nossos problemas são semelhantes aos de todas as áreas metropolitanas”, defende.
Já para a CDU, a freguesia tem carências em áreas como a acção social, “onde há problemas graves, incluindo fome”, a segurança, a saúde, a terceira idade e os jovens. O Bloco de Esquerda (BE), por seu lado, quer “o envolvimento da população na resolução dos problemas, que vão desde a saúde à segurança, mobilidade e estacionamento.” Outro problema consensual é a falta de qualidade do espaço público e a falta de espaços verdes.
O PS lembra que “Rio de Mouro é a única freguesia que faz fronteira com Oeiras e Cascais” e considera que há uma dimensão política nesta “singularidade”. “O comum das pessoas considera que aqueles dois concelhos estão melhor tratados do ponto de vista do espaço público e nós não podemos permitir que aqui não se faça o mesmo”, defende Cortez Fernandes. Já Filipe Santos contesta o conceito de ”terra de betão” e recorda que a grande construção “está concentrada em 20 por cento da freguesia”, que tem uma vasta área rural e verde.
Mas todos admitem que faltam espaços verdes estruturantes, como o parque urbano da Rinchoa. “O projecto está feito mas ainda não arrancou porque tem havido algumas dificuldades”, admite o autarca. O parque situa-se entre Rio de Mouro e a Tapadas das Mercês, já em Algueirão - Mem Martins e deverá integrar estruturas de desporto, cultura e lazer. “Já começaram as obras no parque desportivo das Mercês e espero que brevemente se iniciem na antiga Quinta da Tapada”, avança. A dificuldade, explica, “é o custo estimado de 15 milhões de euros”, demasiado pesado em tempo de crise.
O projecto é saudado pelo PS, que lembra que a freguesia “tem uma vista fabulosa para a Serra de Sintra” e sugere o aproveitamento “do monte da Parada e a ligação da reserva botânica junto à ribeira das Jardas ao Cacém Polis”. A CDU concorda e alerta que “o monte da Parada está a degradar-se e deve ser transformado num parque urbano.” No entanto, Jorge Matos considera que “a freguesia tem de lutar e defender até ao limite estas obras. E, se necessário, tem de haver um confronto com quem está no poder na Câmara”, defende o comunista.
Outro tema que preocupa os candidatos é a saúde, com a CDU a defender a construção de novo centro e Jorge Silva, do BE, a apelar à união dos vários partidos “para pressionar os poderes municipal e central para que se consigam essas conquistas”. Para o BE é também necessária a extensão da Rinchoa, “uma prioridade para a população sem médico de família.” O PS, por seu lado, recorda que a extensão chegou a estar prevista mas nunca avançou, enquanto Filipe Santos salienta que a freguesia tem dois centros a funcionar e que a construção de novas unidades depende do Governo. “Não vejo que nos próximos tempos surja um novo centro, mas estão a ser feitas obras no antigo para o adaptar a uma nova Unidade de Saúde Familiar”, revela.
PSP pede meios à freguesia
Os candidatos discutiram também os problemas de segurança, mas não conseguiram fazer um balanço da mudança da GNR para a PSP. “Ainda é cedo para fazer uma avaliação. Infelizmente a GNR despediu-se com um caso muito grave, o do assassinato de dois jovens junto à estação, uma despedida que não merecia porque fez um trabalho digno. E a PSP iniciou com esse estigma e com um grande aparato de que ia ter mais meios, o que ainda não se concretizou”, considera Filipe Santos.
Nesta matéria o autarca revela que “devido à falta de meios, a PSP solicitou há pouco tempo um carro à Junta de Freguesia porque não tem capacidade de resposta para a zona rural, porque só tem um carro-patrulha, o que é manifestamente insuficiente.” No entanto, o autarca garante que não houve um aumento de criminalidade. “Antes pelo contrário, parece que tem vindo a diminuir”, diz. O BE concorda e diz que “Rio de Mouro é tão inseguro como são as outras regiões do país, mas a questão é mais vasta e também tem a ver com a vida que se dá à vila”.
Já a CDU lamenta a falta de condições da PSP. “Quando ouço que a polícia está a pedir uma viatura à Junta, só pergunto onde está o Governo?”. O PS admite que a segurança “é um problema central da freguesia, mas já teve outra acuidade”. Cortez Fernandes atribui também responsabilidades aos media, que acusa de fazer “uma campanha para denegrir a imagem do concelho de Sintra e de Rio de Mouro, tentando passar a ideia de que é o território menos seguro do país, o que não é verdade”.
Outras prioridades passam pela remodelação do parque escolar, a melhoria das acessibilidades e dos espaços verdes (Coligação Mais Sintra); pela melhoria da iluminação pública, a promoção de um orçamento participativo e a criação de uma casa dos vizinhos (PS); pela exigência da abertura dos parques da Refer e do prolongamento do passe social até Meleças (BE e CDU); e pela criação de um sistema de miniautocarros que circulem entre os vários bairros (BE).
«Temos uma equipa ganhadora e que se esforça pelos fregueses e queremos ter mais qualidade de vida em Rio de Mouro» Filipe Santos, Coligação Mais Sintra
«Estamos dispostos a trabalhar e a dar o nosso melhor para que Rio de Mouro seja um local cada vez melhor para se viver» Júlio Cortez Fernandes, PS
«As pessoas conhecem o nosso trabalho. É por isso que queremos voltar à Junta, para trabalhar com todos e fazer uma freguesia melhor» Jorge Matos, CDU
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