Explicação aos leitores do Jornal de Sintra, edição de 2 do corrente

Com o pedido de publicação recebemos do Exmo. Senhor Fernando Castelo o email que transcrevemos integralmente.

Exma. Senhora Dra. Idalina Grácio Directora do Jornal de SINTRA
Sintra, 5 de Outubro de 2009

Exma. Senhora, A “Explicação aos leitores do Jornal de Sintra”, publicada na edição do passado dia 2 do corrente, ao invés de ajudar à clarificação, ainda terá contribuído para mais dúvidas.

O artigo original reportava-se a Vale dos Anjos, junto a Seteais e não a uma “Quinta do Anjo em Sintra” como consta da V/ peça. São trocas que acontecem até aos melhores jornalistas.

Julgando ter interesse para o total esclarecimento dos leitores, solicito a publicação desta nota na próxima edição. Como, por princípio, procuro não colidir com a língua pátria, serei claro.

Ao dedicar mais de uma lauda ao inventário dos artigos de opinião publicados em 2009, estou certo que um bom trabalho jornalístico recomendaria a referência a quantos artigos de Opinião enviei para o Jornal de Sintra (JS) durante os últimos 10 anos. Todos publicados na íntegra, sem que os Ilustres Directores que a antecederam tenham manifestado reservas sobre os mesmos ou tenham necessitado de estabelecer “recomendações da prática jornalística”;

Optando pela divulgação do meu e-mail de 15 de Setembro de 2009, um bom jornalista não olvidaria a transcrição de algumas das “Recomendações” que justificaram a aceitação: - “A publicação de artigos de Opinião visa incentivar a expressão livre da opinião dos cidadãos, (...)” ou “O Jornal de Sintra reserva-se o direito de editar os artigos recebidos, respeitando escrupulosamente o seu conteúdo” (sublinhado meu em texto de português original). Veja bem a Senhora Directora do JS como havemos de apreciar a sua perspicácia no que concerne à inclusão (abusiva) da palavra Sintra a propósito da “associação que anda por aí” e não a teve no título da peça, que ficaria “MISTÉRIOS DA DEDICAÇÃO A SINTRA”. Aqui, preferiu substituí-lo por um título de sua autoria, com o qual o meu texto se descaracterizou...

A Directora do JS, por certo recordada de um outro artigo não publicado em 2008, poderia ter levado em conta, agora, o facto do autor não aceitar a publicação de um texto “corrigido”.

Em síntese, não há “ajustamentos subsumíveis nas directrizes aceites” e as alterações feitas constituíram uma subversão do texto, destruindo-lhe toda a objectividade. É que, Senhora Directora, ao contrário da sua exclusiva interpretação, a questão de fundo relaciona-se com a DEDICAÇÃO, slogan muito em voga e atitude reclamada, sem a implícita correspondência na defesa do património que está em causa no Vale dos Anjos. Será isto tão difícil de entender? Aparentemente a despropósito, a “Explicação” aborda a (má) qualidade de textos recebidos. Notaria que só razões culturais levam os cidadãos a cometerem erros na escrita ou na pontuação (há jornalistas que também os cometem, não é verdade?) mas não é por isso que deixam de ser documentos vivos a expressar sentimentos e problemas sociais a considerar.

Sem mais,
Fernando Castelo


Resposta da Direcção

Exmo. Sr. Fernando Castelo

As explicações que publiquei na edição de 2 de Outubro representam a verdade dos factos e a intenção que os produziu.

Como V/ Exa. optou por apresentar queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social com inegável legitimidade aguardo a decisão desta entidade, pelo que sobre o assunto mais não digo.

Idalina Grácio de Andrade

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