Fundada em 11 de Junho de 1527, foi desanexada da freguesia de Santa Maria. A agricultura hoje quase não existe e as principais actividades são a indústria da marcenaria e do mármore. Segundo censos de 2001 tinha 4617 pessoas.
PDM bloqueia o desenvolvimento da freguesia
Os três candidatos à freguesia da Terrugem partilham de quase todos os objectivos, nomeadamente a revisão urgente do Plano Director Municipal.
As críticas ao Plano Director Municipal (PDM) são comuns às três candidaturas. Para António José Manhãs, da Coligação Mais Sintra, o PDM “é um bloqueio ao desenvolvimento da freguesia”. Segundo o candidato, “há situações caricatas em que há zonas onde não se pode construir, mas quando vamos ao terreno não percebemos essa limitação e por isso é natural que a população mais jovem procure outras localidades para habitar”.
A candidata da CDU concorda e afirma que “a Câmara está em dívida para com a freguesia e devia fazer um esforço no próximo mandato para rever o PDM”. Para Maria Elisabete Pereira, “não se avançou nada nesta área e quem tem terrenos pequenos não consegue construir uma casa”. A candidata lamenta também que haja terrenos abandonados “onde se poderia construir prédios até três andares, não mais”, diz. José António Paço, do PS, concorda e afirma que “a freguesia é muito penalizada com a actual situação”. “Temos características rurais e muitas pessoas têm terrenos, mas acabam por ver os filhos irem embora porque não podem construir. E assim não há fixação da população mais jovem, embora alguns regressem quando os pais morrem”, conta o candidato, que é membro do actual executivo, à semelhança da candidata da CDU.
Neste cenário, o socialista considera “urgente a revisão do PDM porque a freguesia precisa de mais construção, de forma controlada, até três pisos, defendo.” O candidato da Coligação Mais Sintra está de acordo e reforça que, com as actuais limitações, “a própria Junta perde fonte de receita, porque há pessoas que vão recensear-se noutros locais”. “A prioridade e o cavalo de batalha de quem vencer deverá ser a revisão do PDM”, salienta António José Manhãs.
Quanto ao papel da Câmara de Sintra, a candidata da CDU aponta algumas queixas. “Tem havido algum esquecimento a vários níveis, sobretudo na educação, cultura e desporto”, diz. O PS concorda e pede mais atenção da autarquia para a freguesia. “Por exemplo, é urgente termos estacionamento no centro da Terrugem, onde só instituições bancárias há cinco, mais correios, farmácia, restaurantes. E as pessoas querem ir ao comércio local e não conseguem”, denuncia. Já a Coligação Mais Sintra considera que o próximo executivo tem de ser “mais insistente” com a Câmara.
Saneamento é outra prioridade
Outro problema identificado pelos três candidatos é a falta de saneamento básico em várias localidades da freguesia. “Estamos a cinco quilómetros de Sintra e não cabe na cabeça de ninguém que ainda haja esgotos a correr a céu aberto”, diz o PS, embora reconheça que foi feita alguma obra nos últimos quatro anos. “O deficit é grande e temos que pressionar os SMAS para concluir o saneamento, porque o processo foi adiado”, remata.
Já a CDU considera que os SMAS “não estão desatentos” e atribui o atraso à falta de articulação entre entidades. No caso da Cabrela, “há um diferendo em tribunal com uma proprietária, mas nos últimos quatro anos fez-se um bom trabalho e se nos próximos quatro anos se fizer o mesmo, ficamos a 99 por cento”, acredita a candidata. António José Manhãs, por seu lado, desabafa que “em pleno século XXI o saneamento nem sequer devia estar nos programas eleitorais”. “Ter esgotos a céu aberto é um problema sanitário. A Elisabete disse tudo, é preciso mais insistência. Independentemente de quem ganhar, temos de melhorar a qualidade de vida dos fregueses. Nem que seja preciso montar vigílias junto a quem tem a responsabilidade”, ameaça.
Segurança preocupa candidatos
Outra área problemática é a segurança, com a CDU a denunciar o aumento dos roubos e assaltos a idosos. “Os nossos idosos têm estado mais expostos a estes problemas e sem a GNR na freguesia estão um pouco desprotegidos”, lamenta Maria Elisabete Pereira. Na área da terceira idade, a candidata defende que não basta ter lares, é preciso dar atenção às pessoas. “A Junta tem feito um esforço com festas e passeios, mas temos limitações, pelo que a responsabilidade também passa pelas famílias”, diz.
Quanto à presença da GNR na freguesia, o candidato socialista explica que “o quartel e o posto já têm um terreno com oito mil metros que aguarda há anos pelo projecto”. “O terreno tem sido visitado pelas várias entidades e já pedimos uma audiência ao Ministério da Administração Interna, mas não recebemos resposta”, lamenta o autarca, que considera “urgente colocar a GNR na Terrugem, nem que seja provisoriamente.” “Tenho ideias que espero concretizar, que passam pela ajuda da Câmara, alugando um espaço, ou pelo recurso a contentores condignos que permitam o posto”, sugere.
A nível de outras propostas, o resumo é semelhante: mais saneamento básico, mais apoio social aos idosos, mais intervenção nas escolas, que precisam de pequenas intervenções, resolver o problema do estacionamento e da segurança. “Se fosse eleita, a primeira medida seria a questão do ordenamento e uma melhor limpeza das ruas, porque a HPEM [a empresa municipal de higiene pública] não funciona”, lamenta a candidata da CDU. O problema também incomoda o PS, que pede mais ecopontos. O debate terminou com um apelo de todos os candidatos a que os fregueses vão votar no dia 11 de Outubro.
texto e fotos: Luís Galrão
A candidata da CDU concorda e afirma que “a Câmara está em dívida para com a freguesia e devia fazer um esforço no próximo mandato para rever o PDM”. Para Maria Elisabete Pereira, “não se avançou nada nesta área e quem tem terrenos pequenos não consegue construir uma casa”. A candidata lamenta também que haja terrenos abandonados “onde se poderia construir prédios até três andares, não mais”, diz. José António Paço, do PS, concorda e afirma que “a freguesia é muito penalizada com a actual situação”. “Temos características rurais e muitas pessoas têm terrenos, mas acabam por ver os filhos irem embora porque não podem construir. E assim não há fixação da população mais jovem, embora alguns regressem quando os pais morrem”, conta o candidato, que é membro do actual executivo, à semelhança da candidata da CDU.
Neste cenário, o socialista considera “urgente a revisão do PDM porque a freguesia precisa de mais construção, de forma controlada, até três pisos, defendo.” O candidato da Coligação Mais Sintra está de acordo e reforça que, com as actuais limitações, “a própria Junta perde fonte de receita, porque há pessoas que vão recensear-se noutros locais”. “A prioridade e o cavalo de batalha de quem vencer deverá ser a revisão do PDM”, salienta António José Manhãs.
Quanto ao papel da Câmara de Sintra, a candidata da CDU aponta algumas queixas. “Tem havido algum esquecimento a vários níveis, sobretudo na educação, cultura e desporto”, diz. O PS concorda e pede mais atenção da autarquia para a freguesia. “Por exemplo, é urgente termos estacionamento no centro da Terrugem, onde só instituições bancárias há cinco, mais correios, farmácia, restaurantes. E as pessoas querem ir ao comércio local e não conseguem”, denuncia. Já a Coligação Mais Sintra considera que o próximo executivo tem de ser “mais insistente” com a Câmara.
Saneamento é outra prioridade
Outro problema identificado pelos três candidatos é a falta de saneamento básico em várias localidades da freguesia. “Estamos a cinco quilómetros de Sintra e não cabe na cabeça de ninguém que ainda haja esgotos a correr a céu aberto”, diz o PS, embora reconheça que foi feita alguma obra nos últimos quatro anos. “O deficit é grande e temos que pressionar os SMAS para concluir o saneamento, porque o processo foi adiado”, remata.
Já a CDU considera que os SMAS “não estão desatentos” e atribui o atraso à falta de articulação entre entidades. No caso da Cabrela, “há um diferendo em tribunal com uma proprietária, mas nos últimos quatro anos fez-se um bom trabalho e se nos próximos quatro anos se fizer o mesmo, ficamos a 99 por cento”, acredita a candidata. António José Manhãs, por seu lado, desabafa que “em pleno século XXI o saneamento nem sequer devia estar nos programas eleitorais”. “Ter esgotos a céu aberto é um problema sanitário. A Elisabete disse tudo, é preciso mais insistência. Independentemente de quem ganhar, temos de melhorar a qualidade de vida dos fregueses. Nem que seja preciso montar vigílias junto a quem tem a responsabilidade”, ameaça.
Segurança preocupa candidatos
Outra área problemática é a segurança, com a CDU a denunciar o aumento dos roubos e assaltos a idosos. “Os nossos idosos têm estado mais expostos a estes problemas e sem a GNR na freguesia estão um pouco desprotegidos”, lamenta Maria Elisabete Pereira. Na área da terceira idade, a candidata defende que não basta ter lares, é preciso dar atenção às pessoas. “A Junta tem feito um esforço com festas e passeios, mas temos limitações, pelo que a responsabilidade também passa pelas famílias”, diz.
Quanto à presença da GNR na freguesia, o candidato socialista explica que “o quartel e o posto já têm um terreno com oito mil metros que aguarda há anos pelo projecto”. “O terreno tem sido visitado pelas várias entidades e já pedimos uma audiência ao Ministério da Administração Interna, mas não recebemos resposta”, lamenta o autarca, que considera “urgente colocar a GNR na Terrugem, nem que seja provisoriamente.” “Tenho ideias que espero concretizar, que passam pela ajuda da Câmara, alugando um espaço, ou pelo recurso a contentores condignos que permitam o posto”, sugere.
A nível de outras propostas, o resumo é semelhante: mais saneamento básico, mais apoio social aos idosos, mais intervenção nas escolas, que precisam de pequenas intervenções, resolver o problema do estacionamento e da segurança. “Se fosse eleita, a primeira medida seria a questão do ordenamento e uma melhor limpeza das ruas, porque a HPEM [a empresa municipal de higiene pública] não funciona”, lamenta a candidata da CDU. O problema também incomoda o PS, que pede mais ecopontos. O debate terminou com um apelo de todos os candidatos a que os fregueses vão votar no dia 11 de Outubro.
«Quero realizar o que não consegui nos últimos quatro anos em que estive no executivo e melhorar o que já fiz» Maria Elisabete Pereira, CDU
«Estou por um ideal de projectos e não contra pessoas e assumo a disponibilidade para tentar resolver os problemas das pessoas» António José Manhãs, Coligação Mais Sintra
«Candidato-me porque acredito nas pessoas e na freguesia, tenho experiência e um programa. E quero o melhor para a freguesia» José António Paço, PS
texto e fotos: Luís Galrão
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