Montelavar comemora a sua elevação a Vila com muita pompa, festa e emoção
Após a atribuição do estatuto de Vila, pela Assembleia da República, à freguesia de Montelavar, no dia 12 de Junho, a autarquia, populações e forças vivas da novel vila comemoraram o facto no dia 10 do corrente, com toda a pompa, honraria e emoção de que o novo estatuto de Montelavar é merecedor.
A elevação de Montelavar a vila, por aprovação da Assembleia da República, aconteceu no passado dia 12 de Junho, e o facto foi comemorado nesse dia em Montelavar, pela população, com grande emoção e alegria, festa e foguetes. Mas como a ascensão a vila merecia algo mais do que os foguetes e os abraços trocados, nesse dia e respectiva noite, entre os montelavarenses, a Junta de Freguesia considerou que o facto devia ser celebrado com toda a honra, pelo que no passado dia 10 do corrente comemorou o facto com a pompa e dimensão merecidas, congregando em Montelavar as associações da freguesia e de outras freguesias, juntando nesta cerimónia centenas de pessoas, entre as quais alguns vereadores da Câmara.
E esta festividade do dia 10 começou logo pela manhã, com o lançamento de foguetes e com o grupo de bombos e gaitas de foles de Freiria (Mafra) a percorrer as ruas da vila com os seus estridentes e animados sons, alertando as pessoas para a festiva manifestação que viria a seguir.
Após a recepção aos convidados, na Junta de Freguesia, em cujos mastros das bandeiras situados em frente da fachada principal foi arriada a antiga bandeira da freguesia e hasteada no mastro principal a que agora ostenta o nome de Vila, cerimónia a que procederam dois bombeiros, enquanto no recinto ecoava o hino da Sociedade Filarmónica Boa União Montelavarense, seguiu-se o desfile de todos presentes – encabeçado pela Fanfarra dos Bombeiros montelavarenses, incorporando vários jovens vestidos de saloios e saloias e empunhando a nova bandeira da vila, muitas associações da freguesia com os seus respectivos estandartes, o grupo de motards Bip-Bip, de Anços, integrando ainda o cortejo os juízes da Festa de S. Mateus do ano passado e os da Festa de S. João deste ano em Maceira, trajando à moda do século XVI, no início do qual foi atribuído a Montelavar o estatuto de freguesia –, desde o edifício-sede da Junta de Freguesia até ao largo principal da vila, onde, junto do coreto, que serviu de tribuna, teve lugar a sessão solene, preenchida com os naturais discursos de congratulação pela efeméride que ali se celebrava e os merecidos parabéns a Montelavar e a todos os que contribuíram para a atribuição deste relevante estatuto de vila que lhe foi atribuído, cerimónia na qual participaram a presidente da Junta de Freguesia, Lina Andrês, os vereadores da Câmara de Sintra Lacerda Tavares, Baptista Alves e Domingos Quintas, e a deputada pelo PS na Assembleia da República Ana Couto, aqui na cerimónia como convidada de honra, tendo sido ela que levou à Assembleia da República o processo reivindicando a atribuição do estatuto de vila a Montelavar, manifestação em que participaram largas centenas de pessoas e durante a qual foi patente a contida emoção de Lina Andrês, quer no momento do hastear da nova bandeira da vila como quando descerrou no Padrão, considerado o ex líbris de Montelavar, a inscrição que agora ali foi esculpida e que ficará a consagrar para todo o sempre esta data da elevação de Montelavar a vila.
Após todo este cerimonial teve lugar no mesmo recinto um almoço, servido não só aos convidados como a toda a população, o qual foi, obviamente, muito participado, e à tarde actuaram ranchos folclóricos, tendo-se apresentado à noite a Marcha Popular de S. João das Lampas e a Associação Danças com História, vestidos à moda do século XVI e da época de D. Manuel I, encerrando a noite a cançonetista Manuela Bravo, antiga residente de Montelavar.
Dia de muitas emoções
No final do festivo dia Lina Andrês, militante do PS e presidente da Junta de Freguesia há cinco anos – no mandato anterior substituiu Vasco Dias no último ano da vigência e no actual mandato concorreu como cabeça de lista, tendo conquistado a presidência da Junta –, adiantou-nos que “este foi um dia de muitas emoções, de muita festa e alegria, que eu vivi enquanto presidente da Junta de Freguesia mas também como montelavarense nascida e criada em Montelavar e com o grande amor que eu tenho à minha terra, e porque finalmente se fez justiça a Montelavar e a toda a sua história atribuindo-lhe o há muito merecido e mais do que justo estatuto de vila”.
E a presidente da Junta de Freguesia acrescentou: “Ao ser concedido a Montelavar o estatuto de vila repôs-se uma legitimidade histórica que há muito era devida à nossa terra, que tem 512 anos de história enquanto freguesia, para além de todo o historial que construiu desde as suas origens até ao presente. E no momento em que a Assembleia da República decretou a aceitação de propostas para a concessão de estatutos de vilas e cidades, que decorreu entre Março e Maio, imediatamente a nossa Junta de Freguesia concorreu à concessão do estatuto que agora alcançámos, apresentando o necessário requerimento, já que este era um dos meus objectivos principais enquanto presidente da Junta. Apresentámos em seguida toda a documentação exigida à deputada Ana Couto, que a assumiu como sua e a apresentou e defendeu na Assembleia da República, que por sua vez ouviu os pareceres do executivo e da assembleia de freguesia de Montelavar, da Câmara e da assembleia municipal”.
Grande realização política enquanto autarca montelavarense
Referindo-se ainda às festas de comemoração da elevação de Montelavar a vila, Lina Andrês afirmou tê-las “vivido com muita emoção, e posso até afirmar que o facto de Montelavar ter alcançado o estatuto de vila constitui para mim uma grande realização política enquanto autarca e montelavarense, sem esquecer que há muitas coisas que Montelavar necessita e que têm de ser conseguidas, porque além da falta de uma escola de ensino profissional consideramos que as nossas escolas do ensino básico não servem, de todo, as necessidades das crianças nem das famílias da nossa freguesia. As escolas do ensino básico e os jardins de infância de Montelavar não possuem um único refeitório, não existe um ginásio, nem condições para as crianças tirarem o melhor proveito das escolas existentes”.
E Lina Andrês conclui: “Outra coisa que faz falta em Montelavar é um centro social, com várias valências, entre as quais a de lar, mas esse projecto vai avançar, uma vez que já existe o terreno, concedido pela Câmara, e neste momento está a ser elaborado o projecto de arquitectura, e ainda que lentamente as coisas estão a avançar. Mas eu não estou a prometer nada, estou apenas a constatar factos e necessidades, tanto mais que vai haver eleições e não sei se serei reeleita, mas as carências existem, e sejam quem forem os futuros autarcas terão de lutar por resolvê-las”.
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