As obras da estação de comboios de Massamá
Quando se iniciaram as obras da estação de Massamá, há pouco mais de um ano, pecaram por tardias. Massamá era dos poucos troços com apenas duas linhas, contra as quatro que são já vulgares na Linha de Sintra.
E, para além dessa estreiteza de vias, a própria estação precisava fortemente de ser melhorada, uma vez que os seus abrigos, nas plataformas, eram manifestamente escassos, tanto para os dias de chuva como para os de sol intenso.
As obras da estação foram, assim, bem-vindas. Mas trouxeram consigo algumas questões, que nenhum cartaz, nas placas que circundam as obras, consegue esclarecer – a não ser que as obras iriam durar quatro anos.
Outras questões fundamentais estão por esclarecer. Olhemos o mapa junto, fotografia aérea anterior ao início das obras e vemos que essas mesmas construções ocupam a zona dentro daquela espécie de rectângulo a amarelo. Concluímos facilmente, por essa foto, que as obras destruíram uma enorme zona de estacionamento para automóveis e que era, também, o terminal ou paragem de muitos autocarros de carreira. Ninguém explicou se a própria estação irá ter um estacionamento subterrâneo que substitua o do Largo Dom Afonso Henriques, quantos lugares terá esse parque e, mais importante ainda, quanto custará esse estacionamento – que era anteriormente gratuito… Porque será certamente pago: por um lado, porque nem a CP se deixa confundir com a Santa Casa da Misericórdia, como também porque são cada vez menos as coisas gratuitas.
E o parque infantil?
Mas as obras da estação, que vieram provocar alguma perturbação no comércio local situado na rua da esquerda da foto, tiveram ainda um outro efeito. Olhemos o mesmo rectângulo amarelo da fotografia e veremos que, dentro dele, há um outro, circundado a vermelho. Na foto, e pequena como ela será impressa, parece que o interior desse rectângulo vermelho é apenas preenchido por árvores: é o que parece, visto do alto. No entanto, esse rectângulo correspondia a um pequeno parque infantil, com baloiços, escorregas, etc.
Esse parque infantil tinha vindo, nos últimos anos, a ser progressivamente encurtado, para dar mais lugares de estacionamento mas, com o início das obras, desapareceu, pura e simplesmente, para dar lugar ao progresso e a uma maior e melhor estação de comboios. O que é aceitável, apenas, se alguém, a CP, ou a Câmara de Sintra, ou a própria Junta de Massamá tivesse olhado pelas crianças e anunciado que o parque infantil iria ser “transplantado” para o local X. Mas ninguém olhou pelas crianças e o parque infantil não floresceu noutro local qualquer da freguesia…
António Pessoa
E, para além dessa estreiteza de vias, a própria estação precisava fortemente de ser melhorada, uma vez que os seus abrigos, nas plataformas, eram manifestamente escassos, tanto para os dias de chuva como para os de sol intenso.
As obras da estação foram, assim, bem-vindas. Mas trouxeram consigo algumas questões, que nenhum cartaz, nas placas que circundam as obras, consegue esclarecer – a não ser que as obras iriam durar quatro anos.
Outras questões fundamentais estão por esclarecer. Olhemos o mapa junto, fotografia aérea anterior ao início das obras e vemos que essas mesmas construções ocupam a zona dentro daquela espécie de rectângulo a amarelo. Concluímos facilmente, por essa foto, que as obras destruíram uma enorme zona de estacionamento para automóveis e que era, também, o terminal ou paragem de muitos autocarros de carreira. Ninguém explicou se a própria estação irá ter um estacionamento subterrâneo que substitua o do Largo Dom Afonso Henriques, quantos lugares terá esse parque e, mais importante ainda, quanto custará esse estacionamento – que era anteriormente gratuito… Porque será certamente pago: por um lado, porque nem a CP se deixa confundir com a Santa Casa da Misericórdia, como também porque são cada vez menos as coisas gratuitas.
E o parque infantil?
Mas as obras da estação, que vieram provocar alguma perturbação no comércio local situado na rua da esquerda da foto, tiveram ainda um outro efeito. Olhemos o mesmo rectângulo amarelo da fotografia e veremos que, dentro dele, há um outro, circundado a vermelho. Na foto, e pequena como ela será impressa, parece que o interior desse rectângulo vermelho é apenas preenchido por árvores: é o que parece, visto do alto. No entanto, esse rectângulo correspondia a um pequeno parque infantil, com baloiços, escorregas, etc.
Esse parque infantil tinha vindo, nos últimos anos, a ser progressivamente encurtado, para dar mais lugares de estacionamento mas, com o início das obras, desapareceu, pura e simplesmente, para dar lugar ao progresso e a uma maior e melhor estação de comboios. O que é aceitável, apenas, se alguém, a CP, ou a Câmara de Sintra, ou a própria Junta de Massamá tivesse olhado pelas crianças e anunciado que o parque infantil iria ser “transplantado” para o local X. Mas ninguém olhou pelas crianças e o parque infantil não floresceu noutro local qualquer da freguesia…
António Pessoa
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