Santa Maria e São Miguel
Santa Maria e São Miguel são dois núcleos urbanos que correspondem aos dois primitivos pontos de fixação dos cristãos após a reconquista. A Freguesia engloba os bairros da Estefânia, da Portela, Monte-Santos e Lourel, bem como as povoações rurais de Cabriz, Ral e Campo Raso.
Acção social e mais participação cívica são prioridades
O debate entre os candidatos à freguesia de Santa Maria e São Miguel repetiu o cenário da freguesia anterior, São Pedro, com PS e BE a criticar um executivo da Coligação Mais Sintra partilhado com a CDU.
O debate sobre Santa Maria e São Miguel começou com uma nota de pesar pela morte do pintor Ernesto Neves, uma personalidade à qual o actual presidente Eduardo Casinhas, que se recandidata pela Coligação Mais Sintra, e Avelino Couto, candidato do PS, fizeram questão de homenagear. A primeira parte do debate promovido numa parceria entre a Rádio Clube de Sintra, a Rádio Ocidente e o Jornal de Sintra centrou-se nas questões da terceira idade, da juventude e do centro histórico.
Avelino Couto, do PS, alertou para o envelhecimento de algumas zonas da freguesia e para a falta de participação dos jovens. “A Portela passou a ser uma zona de serviços e os jovens concentram-se no Lourel, a zona de expansão urbana da freguesia”, alerta. Já para o BE, a freguesia tem pessoas de todas as faixas etárias e o fundamental “é que se sintam bem e tenham qualidade de vida”. “Os jovens têm que ter actividades e no caso da terceira idade é muito justo que tenhamos uma universidade, porque é uma fonte de saúde”, considera a candidata Isabel Duarte, que defende mais participação cívica.
Para Eduardo Casinhas, a freguesia tem tido uma política de participação. “Temos um sentido de proximidade e ajudamos a criar 10 novas instituições”, diz o autarca, que avança um novo projecto. “Está em implementação ‘a minha rua’, um sistema de queixas através da internet”, revela. Já Maria José Alcobia, da CDU, entende que há realidades que não se podem comparar. “O centro urbano não tem grande capacidade para expansão e o problema não é serem os idosos a viver no centro. A freguesia expande- se para onde se pode expandir, para Cabriz, Lourel, Ral, que ainda têm muito para progredir, mas temos de manter uma linha de urbanismo de qualidade”, defende.
Avelino Couto discorda e diz que “a Portela poderia ter mais jovens”, embora esclareça que “nunca quis dizer para tirar de lá os idosos”. Nesta, como noutras áreas, o PS faz um balanço negativo do papel da Junta. “O presidente fala das suas competências como se fosse uma grande coisa, mas não se pode refugiar no orçamento. É preciso e possível inovar e tem de haver uma gestão eficiente e dinâmica, porque pode- se fazer muito sem gastar muito dinheiro”, afirma.
Em matéria de fixação de jovens, o BE defende uma política de recuperação de casas abandonadas e devolutas para aluguer a preço controlado. A candidata admite que “a Junta teve acções muito meritórias na era da acção social”, mas concentra-se demasiado em questões do dia-a-dia e não tem uma perspectiva global que inclua problemas como o ambiente, a mobilidade e o combate à abstenção. “Não se pensa em criar uma ciclovia, em evitar o excesso de automóveis. A Junta não tem certas perspectivas globais, mas há questões que tem a ver com o futuro que têm de ser projectadas e pensadas”, defende Isabel Duarte.
A CDU admite algumas lacunas, mas contesta a avaliação do PS e defende que “o balanço é positivo”. “Há muito por fazer, mas já se fez muito e não podemos ser irrealistas e fazer castelos no ar”, diz a candidata. A CDU salienta o apoio da Junta a cerca de 162 famílias carenciadas, a quem ajuda com alimentos e medicamentos. “Essas coisas são as mais importantes, mas não têm sido valorizadas”, lamenta. Eduardo Casinhas lamenta que nem o PS nem o BE apresentem propostas concretas de revisão orçamental e dá o exemplo do trabalho feito pela Mais Sintra. “Apresentámos uma rectificação em assembleia de freguesia e conseguimos tirar 38 mil euros às despesas de gestão”, conta. Já a CDU alerta para o facto destes candidatos não falarem na eventual saída da universidade da terceira idade da freguesia. “Há a perspectiva dela poder sair para Mem Martins, mas nós achamos que deve permanecer na freguesia”, refere.
Propostas
A nível de propostas, a Coligação Mais Sintra entende que a acção social é prioritária. “Vamos continuar a criar condições para que haja mais orçamento nesta área”, assegura o candidato. Outra prioridade é a dinamização da AfreSintra, a associação criada com as outras duas freguesias do centro histórico. “Preconizamos que seja um parceiro, porque é preciso resolver problemas de estacionamento, recuperação de prédios, etc.”. Outras apostas passam pela recuperação de zonas verdes, pela proposta de construção de uma piscina municipal no Lourel e de um centro de dia.
O PS valoriza também o trabalho de acção social e diz que é preciso mais pressão para resolver o problema do edifício da Junta. Outras propostas passam pela dinamização de espaços verdes e pela sensibilização dos fregueses para a compostagem doméstica de resíduos orgânicos. Avelino Couto defende ainda que “a Junta tem de bater-se pela construção de um novo centro de saúde e por um hospital.” As propostas incluem ainda o estudo de parques periféricos e transportes eléctricos e a criação de “um eixo turístico entre a biblioteca e a Vila Alda”.
A candidata da CDU quer continuar e desenvolver a acção social, onde “continuam a existir situações de grande carência”. Uma das ideias é a aposta na área dos pequenos arranjos e o apoio à universidade da terceira idade. A candidata sugere também um protocolo para abrir o Centro Cultural Olga Cadaval às associações da freguesia e reforça o “apoio incondicional a que o centro de saúde seja retirado do actual local.” Quanto à mobilidade, defende que se retire trânsito de Sintra e que se decida se a rua Heliodoro Salgado vai continuar zona pedonal.
Já o BE quer um orçamento participativo, mais presença da Junta nas escolas primárias, e mais aposta nos transportes públicos. A candidata também defende um novo centro de saúde e menos betão na freguesia, nomeadamente em Monte Santos, para onde está prevista uma nova urbanização. Outra sugestão é a implementação de lombas dissuasoras da velocidade na Portela de Sintra.
texto e fotos: Luís Galrão
O debate entre os candidatos à freguesia de Santa Maria e São Miguel repetiu o cenário da freguesia anterior, São Pedro, com PS e BE a criticar um executivo da Coligação Mais Sintra partilhado com a CDU.
O debate sobre Santa Maria e São Miguel começou com uma nota de pesar pela morte do pintor Ernesto Neves, uma personalidade à qual o actual presidente Eduardo Casinhas, que se recandidata pela Coligação Mais Sintra, e Avelino Couto, candidato do PS, fizeram questão de homenagear. A primeira parte do debate promovido numa parceria entre a Rádio Clube de Sintra, a Rádio Ocidente e o Jornal de Sintra centrou-se nas questões da terceira idade, da juventude e do centro histórico.
Avelino Couto, do PS, alertou para o envelhecimento de algumas zonas da freguesia e para a falta de participação dos jovens. “A Portela passou a ser uma zona de serviços e os jovens concentram-se no Lourel, a zona de expansão urbana da freguesia”, alerta. Já para o BE, a freguesia tem pessoas de todas as faixas etárias e o fundamental “é que se sintam bem e tenham qualidade de vida”. “Os jovens têm que ter actividades e no caso da terceira idade é muito justo que tenhamos uma universidade, porque é uma fonte de saúde”, considera a candidata Isabel Duarte, que defende mais participação cívica.
Para Eduardo Casinhas, a freguesia tem tido uma política de participação. “Temos um sentido de proximidade e ajudamos a criar 10 novas instituições”, diz o autarca, que avança um novo projecto. “Está em implementação ‘a minha rua’, um sistema de queixas através da internet”, revela. Já Maria José Alcobia, da CDU, entende que há realidades que não se podem comparar. “O centro urbano não tem grande capacidade para expansão e o problema não é serem os idosos a viver no centro. A freguesia expande- se para onde se pode expandir, para Cabriz, Lourel, Ral, que ainda têm muito para progredir, mas temos de manter uma linha de urbanismo de qualidade”, defende.
Avelino Couto discorda e diz que “a Portela poderia ter mais jovens”, embora esclareça que “nunca quis dizer para tirar de lá os idosos”. Nesta, como noutras áreas, o PS faz um balanço negativo do papel da Junta. “O presidente fala das suas competências como se fosse uma grande coisa, mas não se pode refugiar no orçamento. É preciso e possível inovar e tem de haver uma gestão eficiente e dinâmica, porque pode- se fazer muito sem gastar muito dinheiro”, afirma.
Em matéria de fixação de jovens, o BE defende uma política de recuperação de casas abandonadas e devolutas para aluguer a preço controlado. A candidata admite que “a Junta teve acções muito meritórias na era da acção social”, mas concentra-se demasiado em questões do dia-a-dia e não tem uma perspectiva global que inclua problemas como o ambiente, a mobilidade e o combate à abstenção. “Não se pensa em criar uma ciclovia, em evitar o excesso de automóveis. A Junta não tem certas perspectivas globais, mas há questões que tem a ver com o futuro que têm de ser projectadas e pensadas”, defende Isabel Duarte.
A CDU admite algumas lacunas, mas contesta a avaliação do PS e defende que “o balanço é positivo”. “Há muito por fazer, mas já se fez muito e não podemos ser irrealistas e fazer castelos no ar”, diz a candidata. A CDU salienta o apoio da Junta a cerca de 162 famílias carenciadas, a quem ajuda com alimentos e medicamentos. “Essas coisas são as mais importantes, mas não têm sido valorizadas”, lamenta. Eduardo Casinhas lamenta que nem o PS nem o BE apresentem propostas concretas de revisão orçamental e dá o exemplo do trabalho feito pela Mais Sintra. “Apresentámos uma rectificação em assembleia de freguesia e conseguimos tirar 38 mil euros às despesas de gestão”, conta. Já a CDU alerta para o facto destes candidatos não falarem na eventual saída da universidade da terceira idade da freguesia. “Há a perspectiva dela poder sair para Mem Martins, mas nós achamos que deve permanecer na freguesia”, refere.
Propostas
A nível de propostas, a Coligação Mais Sintra entende que a acção social é prioritária. “Vamos continuar a criar condições para que haja mais orçamento nesta área”, assegura o candidato. Outra prioridade é a dinamização da AfreSintra, a associação criada com as outras duas freguesias do centro histórico. “Preconizamos que seja um parceiro, porque é preciso resolver problemas de estacionamento, recuperação de prédios, etc.”. Outras apostas passam pela recuperação de zonas verdes, pela proposta de construção de uma piscina municipal no Lourel e de um centro de dia.
O PS valoriza também o trabalho de acção social e diz que é preciso mais pressão para resolver o problema do edifício da Junta. Outras propostas passam pela dinamização de espaços verdes e pela sensibilização dos fregueses para a compostagem doméstica de resíduos orgânicos. Avelino Couto defende ainda que “a Junta tem de bater-se pela construção de um novo centro de saúde e por um hospital.” As propostas incluem ainda o estudo de parques periféricos e transportes eléctricos e a criação de “um eixo turístico entre a biblioteca e a Vila Alda”.
A candidata da CDU quer continuar e desenvolver a acção social, onde “continuam a existir situações de grande carência”. Uma das ideias é a aposta na área dos pequenos arranjos e o apoio à universidade da terceira idade. A candidata sugere também um protocolo para abrir o Centro Cultural Olga Cadaval às associações da freguesia e reforça o “apoio incondicional a que o centro de saúde seja retirado do actual local.” Quanto à mobilidade, defende que se retire trânsito de Sintra e que se decida se a rua Heliodoro Salgado vai continuar zona pedonal.
Já o BE quer um orçamento participativo, mais presença da Junta nas escolas primárias, e mais aposta nos transportes públicos. A candidata também defende um novo centro de saúde e menos betão na freguesia, nomeadamente em Monte Santos, para onde está prevista uma nova urbanização. Outra sugestão é a implementação de lombas dissuasoras da velocidade na Portela de Sintra.
«As pessoas já se habituaram ao meu rigor, seriedade e dedicação total que fazem parte do meu código genético» Eduardo Casinhas, Coligação Mais Sintra
«O mais importante são as pessoas e é por elas, pelos que mais precisam, que eu estou aqui» Maria José Alcobia, CDU
«Temos um compromisso de ambição e dinâmica e empenhamento total. Queremos ser proactivos» Avelino Couto, PS
«O BE tem um programa válido para o desenvolvimento sustentável da freguesia e coloca a tónica na participação» Isabel Duarte, BE
texto e fotos: Luís Galrão
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