Sintra, Lisboa, Cascais


A16 é a esperança de redução do trânsito no IC19

Com o objectivo de descongestionar o muito frequentado IC19, de aproximar Sintra da capital, ligando-a também a Cascais, foi inaugurada no dia 30 de Setembro, a A16, que faz parte da Concessão da Grande Lisboa, ligando a A5 à CREL. Na inauguração estiveram presentes o Primeiro-Ministro José Sócrates, o ministro das Obras Públicas Mário Lino e o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Fernando Seara, entre outras individualidades.

Com uma extensão de 23 quilómetros, esta nova auto-estrada, que comporta os troços IC30 e IC16, funcionará como uma alternativa tanto ao IC19 (Sintra) como à A5 (Cascais), descongestionando o tráfego em hora de ponta em ambos e permitindo chegar à capital em menos tempo entre o nó de Lourel e o nó da CREL (Circular Regional Externa de Lisboa).

A obra foi adjudicada à Ascendi (antiga Aenor) através de um concurso público internacional e representa para a empresa um investimento de 127,5 milhões de euros de um total de 256 milhões de euros, que foi o custo global.

Facilitar a circulação de 640 mil habitantes até 1.90 euros
A auto-estrada irá, de acordo com um comunicado da Ascendi, beneficiar cerca de 640 mil habitantes dos concelhos de Sintra e de Cascais. Espera-se também que esta seja uma alternativa ao IC19, retirando cerca de 20 mil veículos por dia – uma diminuição de 20% – do tráfego daquela via.

Os veículos (classe 1) que circulem de uma ponta à outra da auto-estrada (entre Alcabideche e Belas) terão de pagar 1.90 euros havendo, no entanto, alguns troços gratuitos (entre Agualva e o Telhal e entre Lourel e Ranholas) já que o sistema de pagamento é um sistema aberto.

A A16 é composta por 15 nós, havendo ligações com a auto- estrada A5, o IC19 e a CREL, e está dividida em três sublanços com portagens. A ligação entre o nó de Sacotes e o nó do Telhal custa 0.50 euros, englobando uma extensão de 5,9 quilómetros e abrangendo Algueirão – Mem Martins, a ligação entre o nó da Idanha e a CREL custa também 0.50 euros, numa extensão total de 6,1 quilómetros e abrangendo Belas, e a ligação entre o nó de Ranholas e o nó de Linhó custa 0.90 euros, numa extensão total de 11 quilómetros, abrangendo São Pedro. O regime de portagem real será durante 30 anos.

Esta via da Concessão da Grande Lisboa, que abrange 100 quilómetros de auto-estradas, obrigou à construção de dois viadutos, mais de 40 passagens superiores e inferiores, 30 mil quilómetros quadrados de barreiras acústicas e 3500 mil metros cúbicos de terraplenagens. O Centro de Controlo da rede de auto-estradas será instalado junto à portagem de Sacotes.

Fim das filas de trânsito no IC19?
Abrangendo as principais áreas urbanas do concelho, ao longo da linha de Sintra e do IC19, esta auto-estrada representa uma forte expectativa para a redução das longas filas de trânsito daquela via, apesar das constantes obras de melhoramento nos últimos dois anos. A ligação entre o concelho de Sintra e Lisboa pelo IC16 permite chegar mais rapidamente à capital, utilizando o percurso entre o nó de Lourel e o nó da CREL. Além disso, os 7 nós do IC16 – CREL, Idanha, Agualva, Mira Sintra, Telhal, Sacotes e Lourel, um total de 11 quilómetros – permitirão redistribuir o tráfego, especialmente nas horas de ponta. Também o IC30, que faz a ligação entre a A5 e a CREL beneficiou com esta auto-estrada, com o alargamento da via entre Lourel e Ranholas, por exemplo.

De uma forma geral, a A16 divide-se entre o IC16 e o IC30, articulando o IC19 e a A5, havendo por isso uma grande expectativa quanto às vantagens desta auto-estrada no que toca à redução dos tempos de percurso nas vias mais congestionadas, melhores condições de circulação e até diminuição da sinistralidade.

As obras de acabamento vão-se prolongar pelos próximos meses e está perspectivada a construção de duas estações de serviço.


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Ouressa/Cavaleira

Ouressa e Algueirão ligados à A16


Foi também oficialmente concluída, no dia 6 do corrente, a primeira fase da via de ligação de Ouressa/Cavaleira, que tem como objectivo garantir a ligação entre a recém-inaugurada A16 e os aglomerados urbanos de Ouressa e Algueirão – Mem Martins e descongestionar o trânsito na Portela de Sintra.

A via, aberta ao tráfego desde terça-feira, comporta a via de ligação entre a rotunda da Cavaleira e a rotunda na Avenida Marginal, no Algueirão, e é constituída por duas faixas de rodagem em cada sentido.

A segunda fase, mais delicada por incluir uma passagem inferior à linha de comboio, com as obras a desenrolarem-se ao mesmo tempo que se tenta manter a circulação normal desse meio de transporte, vai permitir “aproximar aquilo que a linha de comboio separou” dentro de cerca de “mês e meio”, de acordo com o vereador das Obras Municipais, Luís Duque.

O total da obra, com uma extensão total de 900 metros, representa um investimento de 2.345.290,00 euros.


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Abrunheira/Albarraque

Melhoria na rede viária interna do concelho
Foi inaugurada pelo presidente da Câmara Municipal Sintra, Fernando Seara, no dia 6 do corrente, a variante Abrunheira/Albarraque que liga a rotunda da zona industrial da Abrunheira (Rotunda do Atleta) e a recente rotunda localizada junto à Fábrica da Tabaqueira, no limite do concelho.

O objectivo é melhorar as deslocações entre o IC19, Albarraque e o concelho de Cascais, numa extensão de quase dois quilómetros com duas faixas em ambos os sentidos, que vai permitir que o tráfego alivie na EN 249-3. De acordo com o vereador das Obras Municipais da autarquia, Luís Duque, os “dois quilómetros representam quase 50 em matéria de poupança de energia”.

Esta via estava projectada há vinte anos, mas a “obra foi difícil e com variadíssimos problemas”, justificou o vereador sublinhando, no entanto, que a execução foi concluída em “apenas quatro meses”.

Esta variante vai também facilitar os acessos para as empresas sediadas na zona, em especial uma das mais importantes do país, que exporta 60% do seu produto, a Tabaqueira.

A via representa um investimento de 6.107.643,00 euros mas, de acordo com o presidente da autarquia, “deixa de representar custos, para representar benefícios”.

texto: Vanessa Sena Sousa
fotos Abrunheira/Ouressa: Vanessa Sena Sousa
fotos A16: Idalina Grácio

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde

Estou a fazer um estudo sobre o concelho de Sintra e as suas acessibilidades (vias de comunicação e etc) e achei este artigo interessante, e bem elaborado, não consigo é saber a data da sua publicação.
Será que me poderia dizer a data e as fontes que usou?
Desde já o meu muito obrigado

Inês Massena
ines_massena@hotmail.com

Anónimo disse...

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